Lojista 424
10 Móbile Lojista 424 | Dezembro 2025/Janeiro 2026 | Ano XLIII MOVIMENTAÇÃO NO VAREJO BLACK FRIDAY DEVE MOVIMENTAR R$ 49 BI NO VAREJO, APONTA IEMI A Black Friday de 2025 deve movimentar R$ 49 bilhões em vendas nos setores de vestuário, calçados, móveis e colchões, segundo o Iemi – Inteligência de Mercado. Os dados apontam crescimento nominal em todos os segmentos, mesmo com leve queda no volume de peças vendidas em alguns deles. Para o setor de móveis e colchões, a previsão é de R$ 13,4 bilhões em vendas (+2,3%), embora o volume caia 2%, totalizando 40 milhões de peças. Segundo o diretor do Iemi, Marcelo Prado, a Black Friday será mais seletiva: “O consumidor está priorizando qualidade e valor percebido. As empresas respondem commais precisão na oferta”. AABVTEX também destaca que o desempenho de novembro é decisivo para o fechamento do ano e consolidação de práticas mais responsáveis no setor. IA NO VAREJO: BRASIL TESTA MAIS E ERRA MENOS Enquanto grandes mercados seguem cautelosos, o Brasil se destaca como umdos países mais abertos à experimentação com inteligência artificial no varejo. A afirmação foi consenso entre os especialistas que participaramdo Congresso Indústria Digital 2025, como Andres Stella (Yalo), Anaísa Catucci (CanalTech/Magalu) eThiago Furbino (Abiacom/ No Varejo Podcast), durante debate sobre a adoção estratégica da IA. O País, que avançou de forma acelerada na digitalização, começa a colher frutos de uma postura mais ousada – exemplificada pelo desenvolvimento do assistente virtual doMagazine Luiza, citado como um caso emblemático por Anaísa. “O que eumais acompanho é o aperfeiçoamento do cérebro da Lu, doMagalu”, disse, destacando a importância da comunicação como motor da IA. Para Stella, o uso de agentes inteligentes nos pontos de venda é o caminho mais promissor. “Eles impulsionam a produtividade, as vendas e a qualidade do atendimento, entregando a oferta ideal para o cliente certo, reduzindo custos e fricções.” Segundo ele, o grande risco é transformar a IA emhype: sem estrutura, governança e foco nos casos de uso certos, 95% das implementações fracassam. VAREJO PRECISA REFORÇAR RESILIÊNCIA CIBERNÉTICA NO FIM DE ANO Com o aumento das vendas e das transações digitais, o varejo se torna umdos principais alvos de ataques cibernéticos no fimdo ano. AVeeam Software alerta que a temporada de compras, iniciada com a Black Friday, exige atenção redobrada com a segurança. OCISO da Veeam, Gil Vega, destaca que os ataques estão mais sofisticados e podemparalisar operações emminutos. “É preciso adotar o modelo Zero Trust, reforçar backups e treinar equipes, inclusive as temporárias, para mitigar riscos”, afirma. Entre as medidas recomendadas estão: autenticação multifator, backup testado e isolado, revisão dos acessos de fornecedores e cultura de segurança entre todos os colaboradores. Segundo Vega, a resiliência cibernética não é umprojeto pontual, mas um compromisso contínuo. “Cada minuto de indisponibilidade afeta diretamente as receitas e a confiança do consumidor.” BRASIL LIDERA USO DE IA NA AMÉRICA LATINA Segundo o Global AI Readiness Index, divulgado pela Salesforce, o Brasil ocupa a 13ª posição entre 16 economias globais avaliadas sobre maturidade em inteligência artificial. No cenário latino-americano, está à frente de México e Argentina, comdestaque para a boa base regulatória do país. O relatório aponta que os agentes de IA – sistemas capazes de planejar e agir de forma autônoma – devem crescer 327% nas empresas emdois anos, com potencial de ganho médio de 30% emprodutividade. Os principais desafios do Brasil estão em inovação e investimento, áreas ainda abaixo da média global. A Salesforce destaca que o País já avança com ações como o PBIA e parcerias com governos estaduais para qualificação profissional.
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