Fornecedores #332

26 FORNECEDORES SOB MEDIDA 332 Setor de transporte rodoviário de cargas busca ter papel mais efetivo para colaborar com a logística reversa, enquanto empresas de móveis e eletroeletrônicos contam suas práticas Transporte dos resíduos O Brasil recicla apenas 2,1% do total dos resíduos coletados se- gundo o Sistema Nacional de Informa- ções sobre Saneamento (SNIS). A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi criada em 2010 para ajudar na destina- ção correta de todo e qualquer resíduo sólido que foi reproduzido, vendido, consumido. Segundo a legislação, a so- bra deve voltar e ser de responsabilidade da empresa e da indústria para dar a destinação correta para o resíduo retor- nado. Cada tipo de resíduo classificado precisa ter um destino correto de acordo com a própria lei. Os benefícios para toda cadeia pro- dutiva e sociedade com o controle de resíduos que gera a redução do impacto ambiental são inúmeros com a logística reversa bem executada. Com esse controle, é possível mitigar, cada vez mais, o descarte de materiais de forma errada, principalmente porque a maioria dos resíduos são nocivos para o meio ambiente e podem causar um grande estrago se houver o contato. Essa sus- tentabilidade e a conscientização com a preservação ambiental, gera economia de recursos com práticas mais eficien- tes, além de também trazer inovação e oportunidade para diversos setores. Muitas empresas possuem políticas de logística reversa no qual recolhem os resíduos dos produtos que são fabrica- dos por elas próprias. Por exemplo, a indústria farmacêutica tem programas para o recolhimento de embalagens LOGÍSTICA REVERSA Por Thiago Rodrigo Logística Reversa de medicamentos. “Também existe para o transporte rodoviário de cargas, a reciclagem de pneus, baterias, entre outros materiais. Esse processo deveria ser aplicado em uma escala bem maior, a fim de reduzir, cada vez mais, o im- pacto que os resíduos geram no meio ambiente”, assinala Gislaine Zorzin, diretora administrativa e de novos negócios da Zorzin Logística. Contudo, não é o que acontece. Por isso, o setor de transporte de cargas enxerga mudanças na maneira em como a área encara essa situação. Para reverter o cenário por meio de ações em suas empresas, Gislaine acredita na mobilização dos administradores em controlar os resíduos gerados pelas instituições. “Os investimentos na área serão cada vez maiores, uma vez que a preocupação com o meio ambiente e a responsabilidade do fabricante em controlar os resíduos gerados estão mais evidentes”, aponta. De acordo com Gislaine, “a logística reversa gera mais operações e melho- res oportunidades. Para as indústrias, o uso dessa estratégia é obrigatório, pois falamos do controle de resíduos que podem gerar danos ao meio ambiente quando descartados de maneira irregular. A redução do impacto ambiental gera a diminui- ção do risco”. Com ela, indústrias e transportadoras atuam lado a lado, pois o deslocamento dos produtos até os locais de distribuição ou venda é parte integrante do processo de logística tradicional – que trabalha com a mercadoria desde o fornece- dor até o ponto de consumo – e, por consequência, da reversa também. O processo de logística reversa traz possibilidades aos fabricantes como a recuperação das matérias- primas disponíveis nos produtos após consumo ou fim da vida útil

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