Ferramentas manuais auxiliam o marceneiro na agilidade de processos

Equipamentos como parafusadeiras, tupias e serras tico-tico acompanharam as tendências tecnológicas e hoje proporcionam auxílio qualificado ao profissional da marcenaria

Publicado em 22 de novembro de 2018 | 08:00 |Por: Luis Antonio Hangai

Indispensáveis no trabalho dos marceneiros as ferramentas manuais têm evoluído. Essa melhoria de tecnologia tem proporcionado cada vez mais versatilidade, praticidade, autonomia e produtividade para o uso da ferramenta, além de mais durabilidade do produto. Isso ocorre em qualquer dos três tipos de usos destas máquinas manuais. Tanto para o hobbysta que não utiliza de forma frequente e com o espírito “faça você mesmo”, como para marceneiros profissionais que utilizam todos os dias e a categoria industrial, que usam os equipamentos todos os dias, o dia todo.

“Existe uma diferença entre trabalhar todos os dias e trabalhar todos os dias o dia todo. Uma máquina profissional você tem que trabalhar e dar um alívio e a máquina industrial não precisa disso. Então são mais resistentes e mais caras”, explica o instrutor de treinamentos técnicos da Stanley Black & Decker, Rodrigo Oliveira.

Parafusadeiras

São o grupo de ferramentas manuais com maior evolução. Tiveram avanços na diminuição de peso, dimensão, aumento de autonomia e, a mais percebida pelos usuários, melhoria das baterias. “As novas tecnologias de bateria de íons de lítio substitui as baterias de níquel cádmio, que estão obsoletas e agressivas ao meio ambiente”, assinala Oliveira.

Divulgação Stanley

Ferramentas manuais

Parafusadeira SCD20C2, da Stanley

Além dessa nova tecnologia em bateria, as parafusadeiras também ganharam o incremento de poder realizar a função de furadeira e o equipamento dois em um tornou-se comum no mercado. Neste sentido a Stanley oferece a SCD20C2k, equipamento para perfuração e parafusamento de alto desempenho em madeira, metal e plástico. O maior controle na execução da tarefa é outro quesito aperfeiçoado. Furadeiras/parafusadeiras como a Skil 6000, marca do grupo Bosch, contam com gatilho eletrônico que favorece essa sensibilidade.

Furadeiras

A escolha de uma furadeira, ou junto a uma parafusadeira, depende muito do uso, dependendo do tamanho dos furos, sendo os muito finos, medianos e mais grossos. Segundo Oliveira, da Stanley, a escolha está sempre atrelada ao acessório utilizado por ela.

“Se utilizar furos pequenos, obrigatoriamente necessita de furadeira extremamente rápida. Se for fazer furos medianos ou furos mais grossos você precisa de furadeiras ou parafusadeiras mais lentas. Isso é uma regra quando se fala de furadeiras, porque a escolha errada faz com que você possa gastar mais comprando uma máquina mais forte e não necessariamente ela seja ideal pra sua aplicação”, explica. Ou seja, para furos pequenos, máquinas rápidas e para furos grandes, máquinas lentas.

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Outro quesito também é a escolha da furadeira em decorrer do tamanho do seu mandril. “Há furadeiras com mandris pequenos, médios e grandes. Os mandris pequenos só suportam acessórios pequenos, com isso a furadeira tem que ser rápida. Porém, nos mandris maiores eles conseguem se adaptar a vários tamanhos e acessórios e por ele ser grande, o marceneiro pode usar uma furadeira lenta para tentar fazer furos finos, o que faz ter performance baixa. Então a escolha de uma furadeira sempre deve partir da rotação que ela entrega e do tamanho do mandril”, considera o instrutor da Stanley.

Tupias

Utilizadas para fazer acabamentos em madeira, seja na borda ou no interior, as tupias são ferramentas manuais de altíssima rotação. Nos últimos anos, o equipamento teve o emprego da eletrônica. “Por serem muito rápidas, elas têm desvantagem que é o torque baixo”, assinala Oliveira que explica comparando o torque às marchas dos carros. “Um carro em quinta marcha atinge altas velocidades, mas tem pouca força, então podemos considerar tupias como ferramentas que só tem a quinta marcha. Atingem altíssimas velocidades, mas não podem ser forçadas, quando forçada normalmente o motor entra em sobrecarga e a máquina tende a queimar”, pontua.

Desta forma, a inovação para alguns modelos de tupias é o controle eletrônico do motor. “É um circuito eletrônico que monitora em tempo real a rotação dessa máquina e quando força ela demais esse controlador tende a injetar mais corrente na máquina para ela sobrepor essa deficiência. E quando o usuário alivia, o motor volta a sua rotação, mantendo a rotação original trabalhando com madeira mais rígida ou mais densa”, comenta Oliveira, da Stanley.

Entre os diferenciais, há a oferta de tupias com acessórios de guias paralelas para ajuda nos corte de madeira em linha reta. Outro advento é a base de acrílico transparente, que facilita a visualização do que o marceneiro está fazendo, melhorando também o design.

Divulgação Dewalt

Ferramentas manuais

Tupia DWP611PK, da Dewalt

Com a marca Dewalt, a Stanley Black & Decker possui uma tupia dois em um. Ou seja, oferece tupias de laminados que se opera com uma mão e são mais usadas para bordas de madeira; e as de coluna, que são as mais largas e precisa de estabilidade, em um mesmo produto. “O usuário tem de comprar as duas, e é uma aquisição cara. Então o modelo DWP 611 PK tem um motor e duas bases”, destaca Oliveira.

Serras circulares

Ferramentas manuais que não tiveram tanta evolução na sua função nos últimos dez anos se comparado aos outros equipamentos, as serras circulares tiveram mudanças na diminuição do peso sem redução da potência. “Elas são máquinas para uso exclusivo em cortes retos e profundos. Então como características dessas elas te oferecem controle de velocidade e controle de angulação. Isso é muito importante para o usuário”, enaltece o instrutor da Stanley.

Outros diferenciais estão nos seus acessórios, como na escolha dos discos. Sistemas de trilhos também fazem parte, como é o caso da serra circular GKS 65 GCE, da Bosch. A máquina atua manualmente com o sistema de trilhos para cortes de alta precisão em até 45º e com acabamento limpo e sem lascas. Com ela, ainda é possível realizar cortes em meia-esquadria com calha de guia sem adaptador.

Serras tico-tico

Uma das ferramentas manuais que permite fazer cortes curvos, a serra tico-tico também executa corte retos e angulados em curva. Um diferencial da ferramenta para facilitar o uso para marceneiros que desejam cortar uma chapa grande, a Stanley desenvolveu uma função chamada avanço pendular. “Isso faz com que qualquer serra tico-tico que tenha essa função, consiga acelerar consideravelmente seu corte em linha reta, ganhando fôlego para fazer um corte extenso”, assinala Oliveira.

Divulgação Stanley

Ferramentas manuais

Serra Tico-Tico STSJ0600K, da Stanley

Mais utilizado por marceneiros artesãos, a serra tico-tico gera muito pó da madeira na frente do corte o que impossibilita enxergar a linha marcada. Pensando nisso, a Stanley implementou nos novos modelos uma solução que aproveita o fluxo de ar gerado pelo próprio motor e que é direcionado para frente da lâmina. “Ou seja, à medida que se está cortando, automaticamente a máquina está limpando a área para o marceneiro. Isso é uma função nova presentes nos mais recentes equipamentos”, pontua Oliveira.

Ferramentas laser

Divididos em medidores, niveladores e detectores, essas ferramentas manuais dispensam a ajuda de outra pessoa e dão mais agilidade. “Os medidores de distância a laser conseguem fazer uma medição rápida, dando velocidade em medições curtas ou extremamente longas. Outro fato é que dispensa anotações”, pontua o instrutor da Stanley. Os equipamentos também oferecem diversas outras funções, até mesmo Bluetooth.

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“Os produtos a laser da Bosch proporcionam a realização de trabalhos com mais praticidade, precisão na leitura de dados e agilidade”, assinala a empresa. Entre as evoluções tecnológicas das ferramentas manuais a laser, a Bosch aponta a conectividade. Alguns produtos contam com recursos que permitem a utilização com aplicativos que simplificam ainda mais o trabalho dos profissionais.

Reportagem originalmente publicada na edição 100 da Móbile Sob Medida

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