Lojista 394

21 Rodrigo | As questões sustentáveis, como, novamente, o ESG, são desafios não somente do próximo ano, mas da próxima década. É uma pauta tão ampla, mas que o segmento colchoeiro já atua, só que por alguma razão, como a falha de comunicação, talvez, o mercado não veja isso devido à falta de divulgação. Mas, vamos seguir trabalhando sim com questões da logística reversa, já que temos um problema com a circularidade da espuma, ela não é um produto que se consegue voltar a ser matéria-prima novamente. Os tecidos também têm alguns problemas neste sentido, mas já estamos desenvolvendo soluções para esses tópicos. É por isso que não vamos descontinuar nada que vinha sendo feito pelas outras gestões, porque já avançamos muito na circularidade e na reciclagem interna, por exemplo. Lojista | E dentro dessas demandas, quais são outros desafios encontrados ao longo do processo? Rodrigo | O problema da indústria colchoeira está depois que o produto é vendido, quando chega ao consumidor final, e, então, como trazer esse produto “para trás” e, depois, o que fazer com ele. Esse é o primeiro grande desafio. Na parte do “Environment” (da sigla ESG), ou seja, a Ambiental, no mercado colchoeiro interno é bem resolvida, só que não é comunicada. E no externo, precisamos entender para resolver. A indústria colchoeira é manufatureira , ou seja, depende demuitamão de obra e gera muitos empregos. Também investimos em treinamentos e capacitação. Tudo isso é cumprir a parte “Social”. Aí tem outras coisas que entram na Governança (“Governance”), como a controladoria, a fiscalização de produtos, sonegação, estar próximo dos órgãos regulamentadores para ver como vão sair essas novas normas e muitas outras. Lojista | Então, dentre os principais obstáculos, a falta de comunicação é o plano de fundo de todos eles? Rodrigo | É algo que sem dúvidas vamos precisar trabalhar. O ESG, por exemplo, é uma temática que não é exclusiva do setor colchoeiro e, apesar de ainda assim estarmos saindo à frente, é algo pouco conhecido entre a maioria dos empresários. São muito poucos os que se atentam e estudam sobre isso. Então a comunicação vai levar à conscientização, é questão de tempo – mas não pouco, vai ser muito tempo. Lojista | E agora falando especificamente do Rodrigo enquanto profissional: no seu ponto de vista, como a sua bagagemvinda da Plumatex vai agregar à sua gestão? Rodrigo | Eu sou o primeiro presidente da ABICOL que tem indústria emmais de uma região do País, por isso, tenho uma visão de indústria no Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste, então a abrangência é mais ampla, com mais segmentos do mercado e Estados da Federação. Com isso, tenho muito conhecimento das demandas que ocorrem no setor. Na minha visão, a figura dos vice-presidentes regionais precisará ser mais aprofundada, para que possamos entender o comportamento de cada região do País, afinal, as necessidades do Norte não são as mesmas do Sul. São problemas distintos. Vejo que vim agregar neste sentido, com uma visão mais ampla do mercado, até porque a ABICOL preza por todo o segmento e não por interesses individuais da indústria. Outro ponto que acredito ser interessante, é que participei da Associação desde a sua fundação, estive presente em diversas comissões, tenho a visão política das questões de sonegação, conheço, entendo e gosto de Legislação Tributária e isso é algo que impacta diretamente nas empresas e no mercado. Seguir a evolução das gestões anteriores é a meta da nova chapa presidida por Rodrigo Miguel de Melo Divulgação ABICOL

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