Lojista 392

37 “O Live streaming commerce é dotado de interação, cuja comunicação e negociação é direta entre consumidores e comerciantes. Além disso, deve ser o mais vantajoso possível, estabelecendo os preços mais baixos para a venda dos produtos. A sua atratividade depende grande parte dos influenciadores, em virtude de se comportar como uma campanha publicitária ao vivo”, diz o estudo dos cientistas WU e WANG. Um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) analisou o comportamento dos espectadores de lives, buscando entender o que motivava essas pessoas a assistirem esses vídeos. 42,7% dos participantes dos estudos afirmaram que assistiam às lives por causa dos preços dos produtos, indicando que oferecer promoções pode ser um grande chamariz para esses eventos. A oferta de sorteios e brindes durante as lives não despertou grande interesse dos participantes do estudo. 29,1% dos respondentes disseram que “raramente” assistiriam uma live commerce por causa disso. 12% disseram que “nunca” assistiriam a transmissão só por causa dos brindes. Apenas, 17,1% afirmaram que “muito frequentemente” viam lives motivados por sorteios, enquanto 23% disseram que frequentemente viam os vídeos em busca de brindes ou sorteios. 43,6% dos participantes do estudo disseram que assistiam às lives por causa da facilidade de compra. Apenas 6,8% não concordaram com essa afirmação. 71,8% responderam que assistem às transmissões por causa das novidades que são apresentadas, o que indica que essa estratégia pode ser interessante para fazer o lançamento de produtos. GUERRA DE PLATAFORMAS Um levantamento feito Wunderman Thompsom projeta que as vendas feitas por meio dessa estratégia movimentarão cerca de 500 bilhões de dólares até 2023. Em 2020, o varejo chinês lucrou 108 bilhões de dólares com as lives commerces. Essas cifras fizeram com que grandes empresas de tecnologia, como Pinterest, Twitter, Facebook, Instagram, Tik Tok e YouTube adaptassem suas plataformas para que elas se tornassem, cada vez mais, poderosas ferramentas de venda. No Brasil, empresas como a Globo já tentam concorrer com as companhias estrangeiras por uma fatia desse bolo publicitário. Na dúvida, o departamento de marketing deve investir nas plataformas que já são usadas pelo seu cliente. Em um comunicado enviado pela Globo aos departamentos comerciais das empresas, a emissora sugere que as produções de live commerce somem algumas características, como: focar no entretenimento e na facilidade de comprar. “A apresentação deve interagir com a audiência no chat, ser divertida e entregar algo relevante ao público. O layout/cenário da live é fundamental também para atrair o olhar e estimular o interesse nos produtos apresentados”, sugere. A emissora carioca ainda compara essas transmissões aos programas de compras tão populares na tevê paga, indicando que as lives commerces não são tão diferentes assim do que já existia. O que mudou teria sido o meio, não a mensagem. AdobeStock Lives commerces devem movimentar cerca de meio trilhão de dólares até 2023 Unsplash Mulheres correspondem a mais da metade do público brasileiro de live commerce

RkJQdWJsaXNoZXIy MTY1NDE=