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15 NOVEMBRO/DEZEMBRO 2025 e serenidade. Patrícia Cisternas, gerente de marketing da Duratex, assinala que o calor e a presença das cores passam a habitar lugares antes dominados por materiais como madeiras, pedras e tecidos, transformando o ambiente em um verdadeiro campo de experimenta- ção sensorial e emocional. “A indústria moveleira, de modo geral, abraçou essa ideia e vem ex- plorando cada vez mais o potencial expressivo das cores sólidas. Elas aparecem em frentes de móveis, na caixaria e até em grandes painéis que revestem paredes e tetos, criando ambientes contemporâneos e cheios de personalidade”, diz. Essa incorporação vai além de uma simples escolha estética e representa uma nova forma de projetar e de perceber o espaço. Andrea Krause, consultora de marketing e inovação do segmen- to indústria moveleira e revenda madeireira da Eucatex, afirma que elas ganharam protagonismos desde a pandemia, acompanhando novos estilos de tendências de mobiliários com puxadores ocultos, principal- mente na frente dos móveis e na cai- xa. “Além disso, os lançamentos dos acabamentos matt soft e com toque suave, similares a uma laca pintada, trouxeram a experiência sensorial que traz conforto e funcionalidade aos usuários, ampliando ambientes e trazendo conforto visual, além de valorizar a iluminação do ambiente, pois reflete menos luz”. Todos os segmentos da indústria de móveis utilizam amplamente as cores nos painéis de madeira em baixa pressão (BP), em mais ou menos quantidade, dependendo do mercado em que atua, sendo a in- dústria de planejados e a marcenaria os segmentos que mais utilizam o BP, conforme aponta Solon Cassal, arquiteto e gerente de Produtos e Tendências da Arauco. Para João Jantorno, gestor de produtos e marketing da Placas do Brasil, empresa com fábrica no Espírito Santo, o painel BP colorido é um recurso expressivo de design. Ele pode ser usado como superfície protagonista, em cozinhas e áreas de estar com frentes inteiras colo- ridas; como detalhe de assinatura, em frisos, nichos e tampos contras- tantes; ou ainda como base neutra, valorizando pedras, metais e teci- dos. “Essas aplicações permitem à indústria e à marcenaria criar móveis com identidade e narrativa própria, explorando o equilíbrio entre sofisti- cação e acolhimento”, afirma. Nos últimos anos, a tendência dos padrões unicolores tem ganhado um protagonismo notável, segundo Andrea Colin Corrêa, coordenadora de comunicação e de desenvolvi- mento de produtos da Berneck. Essa ascensão está diretamente ligada à dinâmica atual do mercado que busca eficiência na indús- tria: cores sólidas oferecem uma otimização significativa no plano de corte, resultando em maior eficiên- cia e redução de desperdício para a indústria e marcenarias; e solução para espaços reduzidos: com a cres- cente verticalização e apartamen- tos menores nos grandes centros urbanos, a cor sólida se torna uma ferramenta poderosa. “Ela propor- ciona uma sensação de amplitude e ajuda a valorizar cada metro qua- drado, atendendo à demanda por ambientes que sejam, ao mesmo tempo, funcionais e visualmente leves”, diz Andrea Corrêa. ARAUCO A Arauco oferece 28 cores sólidas e 3 cores metalizadas. Amarca aposta que os tons terrosos, em geral, vêm conquistando os consumidores e, por serem neutros, permitem uma série de aplicações no mobiliário e na arqui- tetura de interiores. Também não costuma falar o que deverá ser tendência por se tratar de uma informação estratégica para o sucesso do negócio. Arauco Living com padrões Jalapão e Cerrado
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