Fornecedores 349

28 FORNECEDORES SOB MEDIDA 349 Outro tópico importante que influencia na liderança é a cultura organizacional da empresa. Ela define os valores, comportamentos e expectativas que orientam a forma como a empresa opera. Para que ela seja verdadeiramente eficaz, precisa estar presente em todos os níveis de liderança, servindo como base para decisões e ações do dia a dia. “O treinamento contínuo é essencial para reforçar essa cultura e garan- tir que os líderes a incorporem em sua gestão”, lembra. Quando isso acontece, o engajamento da equipe se fortalece, criando um ambiente de trabalho mais coeso, onde todos atuam alinhados aos objetivos da organização. Esse processo pode levar anos para se consolidar, mas deve sempre ser- vir como base para todas as decisões e ações da empresa. “A cultura or- ganizacional não é algo estático, ela precisa ser continuamente reforçada e adaptada à medida que a empresa evolui. Quando os líderes mantêm esse alinhamento em suas práticas diárias, criam um ambiente onde os valores da organização são vivencia- dos na rotina, fortalecendo o enga- LIDERANÇA jamento e a conexão da equipe com os objetivos da empresa”, considera. HABILIDADES DE UM LÍDER Um bom líder deve ter habilidades como organização, planejamento, comunicação eficaz, tomada de decisão, empatia, capacidade de resolver problemas, inteligência emocional, adaptabilidade e visão estratégica. No entanto, essas com- petências não surgem naturalmente – elas precisam ser trabalhadas e aprimoradas ao longo do tempo. “Somente por meio de treinamen- tos comportamentais contínuos é possível evoluir como líder, forta- lecendo a capacidade de inspirar, engajar e conduzir a equipe de forma assertiva e alinhada aos ob- jetivos da empresa”, enfatiza Neida Maria Hartmann. Ser líder, por exemplo, é uma habilidade do bom líder, que também deve saber ouvir e observar. Um bom exemplo disso, dado pela profissional com 25 anos dedicados ao desenvolvimento or- ganizacional, é de que o líder deve participar ativamente do dia a dia da equipe, observando desafios e ouvindo sugestões. “Se um colaborador identificar uma falha em um processo, um líder atento buscará entender o proble- ma e trabalhará junto à equipe para encontrar uma solução, demons- trando respeito e valorização pelo conhecimento do time”, assinala. Além disso, o líder deve estar pre- parado para tomar decisões certas diante de desafios. “Nem sempre haverá uma resposta óbvia ou um consenso, mas cabe ao líder avaliar as alternativas com visão estratégica e agir com segurança para garantir a melhor solução para a equipe e para a empresa”. Ademais, ter capacidade, conheci- mento e desenvolver as habilidades de liderança são muito importantes para um bom líder. Sendo fun- damental que o líder busque seu autodesenvolvimento com base no modelo CHA (Conhecimento, Ha- bilidades e Atitudes). “Isso significa que, além de expandir seu conheci- mento técnico e estratégico, o líder precisa identificar as habilidades que precisa aprimorar e as atitu- des que devem ser cultivadas para melhorar sua liderança. É essencial que o líder saiba o que deve manter e o que precisa melhorar, buscando sempre o equilíbrio entre esses três pilares”, declara Neida. Action CHÃO DE FÁBRICAOU ESCRITÓRIO A essência da liderança permanece a mesma, seja o líder atuando no chão de fábrica ou no escritório, mas sua atuação varia confor- me o ambiente. “No chão de fábrica, o líder precisa estar presente, acompanhar a equipe de perto, tomar decisões rápidas e lidar com desafios operacionais em tempo real. Problemas imprevistos podem surgir a qualquer momento, exigindo criatividade e rapidez na busca por soluções”, declara Neida. Já no escritório, a liderança deve focar na agilidade dos processos internos e na melhoria da comunica- ção para evitar falhas e garantir que as informações circulem de forma eficiente. Além disso, há demandas burocráticas que exigem atenção, como o cumprimento de normas fiscais e regulamentado- ras. “O líder deve antecipar possíveis impactos administrativos que possam afetar a operação no chão de fábrica, garantindo fluidez e eficiência. Quando as equipes têm uma visão sistêmica e compreen- dem os desafios de cada setor, o trabalho se torna mais colaborati- vo. A empatia entre as áreas fortalece o engajamento e alinha todos em direção aos objetivos da empresa”, explica a diretora da Action. “O processo contínuo de autoavaliação e aprimoramento garante que o líder não apenas guie sua equipe com competência, mas também se torne uma referência” Neida Hartmann

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