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6 FORNECEDORES SOB MEDIDA 347 sões. Alémda economia namatéria-prima, omais incrível é que, emcondições favo- ráveis, sua durabilidade pode ultrapassar os 6mil usinados, acima de 300 chapas cortadas. Isso resulta emumcustopor peça produzida de 30%a 60%menor que os modelos emPCD,mesmo entregando a mesma velocidade e acabamento. Um ponto negativo é a extração do cavaco. O pequeno diâmetro da fresa faz com que o pó se compacte no canal usinado, tornando difícil sua remoção. Algumas vezes é necessária uma limpeza da mesa e das peças cortadas. Já conhe- cia esse modelo de fresa? Pesquise mais sobre, consulte seus fornecedores a res- peito delas. Isso pode gerar uma grande economia para sua empresa! ARTIGO Fresas para corte em CNC Nesting Por Anderson Peruzzo ANDERSONPERUZZO Engenheiromecânico especialista no processo de usinageme na fa- bricação demóveis e outros artigos emmadeira. CEOda AP Solutions, empresa de assessoria e treina- mentos para indústrias do ramo moveleiro e produtos derivados da madeira. Através da disseminação do conhecimento, a AP Solutions temcomo objetivo tornar o setor cada vezmais tecnológico, eficiente e competitivo a nível internacional. D evido à grande versatilidade, ao aproveitamento de matéria-prima e a precisão no corte, o uso de CNC nesting e routers nas indústrias movelei- ras vem aumentando na última década. Tal crescimento levou os fabricantes de ferramentas a desenvolverem fresas cada vez mais eficientes. Por isso, neste artigo vamos falar um pouco sobre essa evolução e sobre as principais tendências do mercado atualmente. Primeiramente precisamos entender os principais fatores a serem levados em consideração na escolha da ferramenta para o processo de corte. São eles: Velocidade: é fundamental que a fresa desempenhe uma boa velocidade de avanço, sem isso a máquina se torna improdutiva, afinal não diluirá seu custo hora em várias peças produzidas. Economia dematéria-prima: ao longo dos 2,75 m de comprimento de uma chapa, a fresa pode cortar mais de 15 vezes em determinados planos de corte. Por isso, usar um diâmetro pequeno é muito importante. Por exemplo, ao trocar uma fresa de diâmetro 14 para uma de 6, a diferença de material usinado nesses 15 cortes seria de 12 cm. Com isso seria possível encaixar peças maiores no plano de corte, resultando em uma economia de matéria-prima de até 5%. Acabamento: é comum alguns tipos de ferramentas remover pequenos pedaços do revestimento, em alguns casos isso pode causar retrabalhos e gerar um grande prejuízo para a empresa. Deste modo, a fresa deve ser escolhida de modo compatível com o tipo de material e revestimento que será usinado por ela. Custo: neste fator, deve ser calculadoo custoda fresa e de suas afiações dividido pela quantidade de chapas cortadas. Em determinadasmáquinas, é possível medir a quantidade demetros usinados, tornando o cálculo aindamais fiel. Obviamente, quantomenor for o resultadodessa divisão, maior será a economia para a empresa. Infelizmente, esses quatro fatores acabam colidindo uns com os outros ao projetar uma ferramenta. Para operar em alta velocidade, a fresa precisa ter um diâmetro suficientemente grande para suportar o esforço de corte. Além disso, em diâmetros pequenos é difícil trabalhar a geometria a ponto de proporcionar um bom acabamento, indo contra o aprovei- tamento da matéria-prima. Desenvolvido há uns 15 anos e ainda muito usado emCNC nestings, há no mercado ummodelo de fresa consti- tuído de diamante PCD, geralmente com diâmetros entre 12 mm e 16 mm. Sua geometria proporciona um ótimo acabamento, durabilidade razoável e boa velocidade de corte (até 20 m/min). Muitas vezes são utilizadas com turbina para extração de cavaco, o que aumenta ainda mais a sua eficiência. Até pouco tempo atrás esse tipo de fresa era indiscutivelmente o mais eficiente para o processo. Entretanto, um novo modelo originário da China vem surpre- endendo por seu excelente desempenho. Trata-se de uma fresa com núcleo em metal duro (widea), com diâmetro de corte entre 5 mm e 8 mm e corpo de aço engrossado na região da haste. Isso a torna econômica e menos suscetível a vibrações, sendo capaz de entregar até mais que 20 m/min de velocidade. Popularmente elas estão sendo chamadas de “fresas descartáveis”, mas a tradução correta de sua denominação é “fresas retas TCT”. Sua geometria comângulos de corte bastante agressivos, proporciona bomacabamento namaioria das chapas, mesmo em revestimentos críticos. NoBrasil, seu custo varia entre 100 e 300 reais, dependendodo fabricante e dimen-

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