Fornecedores 346

8 FORNECEDORES SOB MEDIDA 346 PAINEL INDÚSTRIA ITALIANA DE MÓVEIS A cadeia de fornecimento de móveis de madeira da Itália fechou 2024 com volume de negócios de produção de 51,6 bilhões de euros, queda de 3,1% (53,2 bilhões em 2023) em continuidade ao processo de estabilização iniciado em 2023, após dois anos de grande crescimento para o setor. Isso de acordo com os números preliminares compilados pelo Cen- tro de Estudos FederlegnoArredo. A retração afetou as vendas equivalentes a 32,2 bilhões de euros no mercado interno, que represen- tam mais de 60% do volume de negócios total e registraram uma queda de 3,5%, em grande parte devido aos cortes nos incentivos fiscais disponibilizados em anos anteriores. As exportações, que respondem por 38% do faturamento total da cadeia de suprimentos, fecharam em queda de 2,3% para um valor de 19,4 bilhões de euros. A balança comercial da cadeia de suprimentos chegou a € 8 bilhões (era € 8,4 bilhões em 2023). MÁQUINAS ALEMÃS PARA ITÁLIA As vendas de máquinas para madeira e móveis da Alemanha para a Itália aumentaram de 993 milhões de euros em 2019 para 1,344 bilhão de euros em 2023, impulsionadas por incentivos governamentais. No entanto, com a desaceleração econômica e a elimina- ção gradual dos benefícios fiscais, a VDMA (Associação Alemã de Fabricação de Máquinas e Instalações Industriais) espera um declínio de 11% em 2024. Uma tendência estável ou ligeiramente positiva nos investimentos pode surgir no final do ano. A indústria italiana de madeira e móveis enfrenta desafios, incluindo construção estagnada, custos crescentes e concorrência crescente da China. No entanto, custos mais altos estão impulsionando melho- rias de automação e eficiência em todo o setor. A construção industrial em madeira também está ganhando força, e o impacto do novo plano de incentivo “Transizione 5.0” ainda está para ser visto. RESTAURAÇÃO FLORESTAL NO BRASIL A Ibá, entidade que representa a indústria de árvores cultivadas, e o Arapyaú, instituto de fomento de iniciativas que promovam o desen- volvimento inclusivo e sustentável, assinaram termo de cooperação para atuar em prol da nas- cente economia da restauração e silvicultura de nativas no país. O Brasil pretende reduzir suas emissões líquidas de gases de efeito estufa em até 67% até 2035, tomando como referência os níveis de 2005. Ademais, o país reforçou em sua NDC (compromissos assumidos no Acordo de Paris, em 2015) a meta do Planaveg (Plano Nacional de Vegetação Nativa) de restaurar 12 milhões de hectares de terra. Para atingir esse objetivo, o Brasil precisará investir R$ 228 bi- lhões, segundo estimativa do Instituto Escolhas. Mas esse investimento pode ter como retorno a geração de R$ 776,5 bilhões em receita líquida considerando a venda de créditos de carbono e produtos florestais. A parceria entre Ibá e Arapyaú tem por objetivo o desenvolvimento de ações conjuntas destinadas à aceleração dessa agenda. Leia mais no emobile.com.br . Mariana Poli

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