Fornecedores 338
30 FORNECEDORES SOB MEDIDA 338 Considerando tambémo cenário vivido pelo estadogaúcho, Gisele, do Sindmóveis BentoGonçalves afirma que ainda é difícil dimensionar o cenárionesta primeira parte do ano,mas estima que odesempenhodo setormoveleirogaúchoneste 2024 ficará comprometido. “Nopolomoveleirode BentoGonçalves, felizmente as indústrias estãooperandonormalmente comprodu- ção e expediçãode pedidos –mesmoque os prazos de entrega sejammais longos em virtude das rotas terrestres alternativas”. OUTROS AUMENTOS O aumento dos custos de fretemarítimo, petróleo e dólar também tem impactos significativos segundo Vitor do Sindimol, exigindo rodadas de negociações des- gastantes com todos os parceiros dessa área. “Isso afeta tanto omercado externo quanto o interno, gerando reveses con- sideráveis para a estratégia logística das fábricas”, afirma e prossegue: “Para nós aqui no ES, o aumento no custo do fretemarítimo encarece as exportações demóveis e a importação de insumos. Nosso arranjo produtivo ainda não é tradicionalmente exportador como outros polos, o que traz aindamais barreiras para expandir nossas vendas paramercados internacionais. Alémdisso, os insumos im- portados chegamcompreços mais altos, aumentando o custo de produção”. CUSTOS DE PRODUÇÃO Segundo ele, o aumento do preço do petróleo eleva não só os custos de combustíveis, mas tambémo custo de muitas outras matérias-primas como peças plásticas utilizadas pela indústria. Portanto, o impacto sãomais amplos, não tendo efeito somente sobre os custos de transporte. Já a valorização do dólar enca- rece os insumos importados, igualmente aumentando os custos de produção. “Embora umdólar mais alto possa tornar os produtos brasileiros mais competitivos no exterior, a volatilidade cambial traz incertezas que complicamo planejamento financeiro e a estabilidade das operações. De ummodo geral, esses aumentos não só encarecema produção e distribuição demóveis, mas tambémexigemuma reformulação das estratégias logísticas das fábricas, reivindicando ajustes operacionais e financeiros para reduzir os impactos negativos emanter a competitividade no mercado”, analisa. Mauricio de Souza Lima, presidente do Sindimov-MG lembra quemuitos itens para a produção demóveis estão hoje vin- do de fora do país, emespecial da China, e o fretemarítimo tem forte impacto na aquisição dematéria-prima. “Estes itens que vêmde fora têmos preços emdólar e coma oscilação da cotação o impacto acaba sendo negativo, dificultando a com- petitividade. Também temconsequência forte nas empresas que exportamporque os custos ficammuito altos para exportar e às vezes dificultama concorrência com outros mercados”. Segundo Pimentel do Sindusmobil, a lei da oferta e procura permanece viva. “Se o nível de emprego e renda vai beme as pessoas estão encorajadas a consumir, comumnível de taxa de juros mais baixos, elas vão começar a consumir e aumenta a demanda. Nesse caso, omercado pode aceitar umaumento devido à procura. Somente comdemanda aquecida é que se temambiente favorável à elevação dos preços”, considera. Diante da ausência desse cenário, Aquino, do Sima, opina que a indústriamoveleira deveria se unir nomomento de repassar os custos de produção para o varejo e, consequentemente, consumidor. “Temos a oportunidade de, minimamente, ajustar os preços de nossos produtos e, juntos, melhorar as nossas margens de lucro”, declara. Continue lendo a reportagemno Portal eMóbile, no qual líderes sindicais apontamas dificuldades em repassar preços dos móveis. Sindusmobil “O aumento de materiais gera um impacto muito negativo, compromete a competitividade e até mesmo a saúde financeira”, enaltece Pimentel, presidente do Sindusmobil Sindimov-MG “A alta dos combustíveis impacta demais nas empresas porque aqui nossos fretes são rodoviários, sem contar com altos custos de pedágios dependendo do destino”, diz Lima, presidente do Sindimov-MG LEIAMAIS Líderes sindicais apontam dificuldades em repassar preços dos móveis ao mer- cado varejista e consumidor.
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