Abimaq prevê aumento de 30% nos investimentos da indústria de máquinas

Abimaq indica que fabricantes devem investir mais de R$ 2,7 bilhões na indústria de máquinas e equipamentos

Publicado em 18 de fevereiro de 2019 | 14:18 |Por:

O Departamento de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), lançou uma pesquisa indicando que os fabricantes preveem investir mais de R$ 2,7 bilhões em 2019, uma alta 30,1%, em relação ao volume investido em 2018.

O setor vem apresentando nos últimos anos uma relação muito baixa entre investimentos sobre receita líquida de vendas, chegando a ficar em 3,0% em 2015. Já em 2018, este valor foi de 3,7%, valores muito aquém de outros anos, a média entre 2010 e 2013 foi de 9,3%.

“A saída para o Brasil voltar a crescer é o investimento na indústria de transformação por conta de seu maior valor agregado e pelos maiores ganhos de produtividade, além de gerar emprego e renda para os brasileiros”, afirma o presidente da Abimaq, João Carlos Marchesan.

– Abimaq prevê avanço do setor entre 5% a 6% da receita para 2019

O estudo ainda revelou que as micros, pequenas e médias empresas estão mais dispostas a investir em 2019, com uma previsão superior aos investimentos realizados em 2018 em 48,7% e 50,3%, respectivamente. As grandes empresas também estão mais dispostas a investir, contudo em um patamar um pouco menor, 17,9% superior. “Os investimentos devem ganhar mais fôlego somente no segundo semestre, quando algumas reformas forem aprovadas e o nível de ociosidade reduzido, que hoje se encontra em 25%”, ressalta Marchesan.

Dos investimentos esperados em 2019, 35,5% devem ser destinados para modernização tecnológica, 30,5% na reposição de máquinas depreciadas, 24% na ampliação da capacidade industrial e 10% em outras áreas. “O que deverá impulsionar os investimentos é a nova rodada de concessões de setores de infraestrutura”, conta.

Segundo o presidente da Abimaq, o equilíbrio fiscal mais contundente é essencial para melhorar a segurança dos investimentos. “É preciso também reduzir a insegurança jurídica, manter o câmbio competitivo e inflação controlada, além de simplificar e diminuir a carga tributária, ter mais disponibilidade de crédito e facilitar o acesso a juros de mercado menores que o retorno da atividade das empresas”.

(com informações de assessoria)

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