Projeto das arquitetas Luciana Olesko e Maria Fernanda Lorusso, Valencis Curitiba Hospice busca levar comodidade a pacientes em fase terminal
Publicado em 3 de julho de 2017 | 15:37 |Por: Gabriel Belo
O Valencis Curitiba Hospice, que visa criar soluções voltadas a decoração, hospitalidade e conforto para tratamentos paliativos, atenderá na capital paranaense a partir de julho, no bairro Bigorrilho. As arquitetas Luciana Olesko e Maria Fernanda Lorusso, da Olesko e Lorusso Arquitetura e Interiores, são as responsáveis pela elaboração do espaço. O objetivo é tratar a doença, o emocional e o social em ambientes humanizados, além de contar com espaços para acolher a família dos pacientes.
Hospices são muito comuns na Europa e América do Norte e o Brasil ainda está em andamento com este conceito. Assim, o Valencis Curitiba Hospice foi inteiramente planejado para conforto e acolhimento, fornecendo cuidados paliativos para pessoas com doenças avançadas e incuráveis.
Para proporcionar conforto, o objetivo foi levar a ‘sensação de casa’ com mobiliário que foi criado especialmente para o hospice, tecidos com toque especial, como suede e linho, e paleta de tons neutros que proporcionam aconchego e tranquilidade, sentimentos propostos pelos médicos responsáveis. Todo o projeto apresenta áreas de acessibilidade e fácil circulação”, detalha Luciana.
Gerson Lima
Ambiente acessível e que evidencia a comodidade dos pacientes
Em cada uma das suítes (incialmente são seis, e a previsão é ampliar para 15) o paciente terá um banheiro privativo, armário com cofre, televisão de última geração com acesso a internet e TV a cabo, frigobar, camas reclináveis da Maxflex e camas hospitalares – a necessidade específica de cada um ditará a cama a ser usada – e um sofá cama para acomodar um acompanhante caso necessário.
Além disto, o Valencis Curitiba Hospice conta com diversos recursos sustentáveis, com captação e reaproveitamento para água de chuva, aquecimento solar, toda iluminação em LED e sistema de irrigação do jardim automatizado, diminuindo o consumo de água.
As áreas de convivência também foram planejadas para comodidade ao paciente. A copa conta com mesa de madeira de demolição com inox, cadeiras confortáveis e leves em madeira e couro no tom nude e painel com televisão. A área comum têm espaços para terapias como reiki, acupuntura, fisioterapia e terapia ocupacional, com mobiliário escolhido e preparado especialmente para tais atividades.
Há também um local para hidroterapia, além de solário junto ao deck, que é dedicado para quem gosta de admirar e cuidar de flores, um orquidário original da casa que foi mantido e revitalizado com novas orquídeas. O paisagismo do lugar é assinado por Ciccarino.
– Prêmio Tok&Stok de Design Universitário
Para o lado arquitetônico, as profissionais mantiveram o projeto da casa e optaram por realizar uma reforma pouco intervencionista para manter o estilo já existente.
“O projeto arquitetônico segue um estilo mais europeu, com tijolo maciço aparente e bastante telhado com telhas Shingle. Mantivemos estes traços na reforma, acrescentando tijolo aparente, vigas aparentes pintadas na cor do concreto e esquadrias brancas de alumínio para fácil manutenção e conforto térmico e acústico da casa”, explica Maria Fernanda.
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